O senhor é a favor da descriminilização do uso de alguma droga hoje considerada ilícita?
R.: Não sou contra, nem a favor; muito pelo contrário... O fato é que o caminho será descriminá-las ou legalizá-las, de alguma forma. Não propriamente admitir o comércio estabelecido, aberto, em cada esquina, ao alcance de todos. Como se dará a permissão aos usuários de ter acesso à droga que lhe interessa, confesso que não tenho a mínima ideia. Por certo, autoridades competentes saberão como estabelecer as regras e os limites. Dessa maneira, pelo menos, a guerra do tráfico, que já vitimou e ainda produzirá milhares de vítimas, inocentes ou não, nos enfrentamentos, diminuirá bastante. E, consequentemente, os recursos despendidos pelos governos federal e estaduais nas Tropas de Elites e coisas e tais poderão ser destinados com mais eficiência às áreas de educação, especialmente, onde os professores saberão alertar os alunos, desde cedo, para os perigos que o consumo de entorpecentes representa para a saúde física e mental.
Não creio que a tolerância aos usuários e o relaxamento na repressão ocorrerão em atendimento às reivindicações em passeatas dos que utilizam as drogas. O reconhecimento de que essa guerra jamais terá um fim, resultado de estudos e pesquisas, no mundo inteiro, é que despertará as autoridades a concluir que por mais rigorosos que sejam, nada irá deter a escalada do consumo e, consequentemente, do comércio marginal, dominado por bandidos de todas as classes sociais.
Não viveremos para ver essa realidade, mas que ela virá, não tenho dúvidas.
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