Muito recentemente perguntei aos amigos quem deveria ser o próximo prefeito de Juiz de Fora. O debate fluíu muito bem no Facebook e no geral as pessoas estão querendo buscar algum nome novo pra se levar ao comando da administração pública. Muito me chamou a atenção, aqueles que almejam alguém que de verdade ame esta cidade.
Já faz algum tempo a prefeitura se tornou uma espécie de reinado, onde a figura principal se comporta de forma muito distante da população. Tirando o Zé Eduardo, que mesmo depois de se tornar o chefe do município e que continuou a circular normalmente entre nós, a maioria quis se tornar mito vivo no poder.
No último pleito, o sucesso da Margarida foi o retrato de que naquele momento ela representou algo novo numa eleição.
Todos sabem, inclusive eles, que quase a totalidade dos juizforanos gostariam de poder votar em uma pessoa que preferencialmente nunca antes na história desta cidade tivesse se envolvido em política de forma eleitoreira, mas....
....é praticamente impossível acontecer algo assim, tendo em vista que os partidos são comandados por grupos representativos de figuras que fazem parte do cenário há anos e anos. Até entre eles mesmos fica difícil se lançarem candidato. Tomamos o exemplo do Bruno Siqueira, que está muito em voga no momento. Será que dentro de seu próprio partido, o grupo do velho e bom Tarcísio Delgado lhe emprestará a legenda para tentar o cargo de prefeito? Como ficaria a posição de Júlio Delgado nesta história toda? Ele também sonha em ser prefeito e dar continuísmo ao comando do pai neste território. Enfim, apesar de ser um desejo de quase todos, infelizmente sinto em informar, que eu dificilmente consigo enxergar algo totalmente novo a curto prazo.
Existem países, que a pessoa pode ser candidato de sí próprio, sem a necessidade de filiação partidária, porém, estamos muito longe disso acontecer por aqui. Pelo menos, quem sabe, se nesta tão discutida reforma política, surgir o financiamento público de campanha, já melhora.
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